Santos Dumont – Um Intrépido Homem com um Relógio no Pulso!

Santos Dumont pilotando seu avião 14 Bis

O brasileiro Alberto Santos-Dumont (que nasceu em Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1873) foi um aeronauta, esportista e inventor inspiradoramente criativo e ousado.

Já sabemos, por exemplo, que Dumont também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina. Em 23 de outubro de 1906, ele voou cerca de 60 metros a uma altura de dois a três metros com o Oiseau de Proie’ (francês para “ave de rapina”), no Campo de Bagatelle, em Paris.

Menos de um mês depois, em 12 de novembro, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros com o Oiseau de Proie III.

Tais voos foram os primeiros homologados pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando voo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.

o brasileiro Alberto Santos Dumont
O brasileiro Alberto Santos Dumont, pai da aviação

O 14-Bis, de Santos Dumont, teve uma decolagem autopropulsada, reconhecida oficialmente por publico e jornalistas, tendo sido a primeira atividade esportiva da aviação a ser homologada pela Fédération Aéronautique Internationale (FAI).

O que Dumont tem a ver com relógio de pulso?

Agora, imagine você os meados do século passado, ali por 1900 mais ou menos, o intrépido aviador, já incomodado pelo aspecto pouco prático (para seus objetivos) dos corriqueiros relógios de bolso da época, pediu a seu amigo francês, Louis-François Cartier que transformasse um relógio de bolso em relógio de pulso, colocando alças no lugar da corrente, de modo que ele pudesse controlar facilmente o tempo que passava no ar.

Dois Cartier Santos Dumont: um original de 1930 (esq.). e um modelo dos anos 80 (dir.)
Dois Cartier Santos Dumont: um original de 1930 (esq.). e um modelo dos anos 80 (dir.)

O motivo de tal pedido tem seu toque divertido e um acontecimento histórico:

Em 1900, Louis Cartier conheceu Alberto Santos Dumont, de quem imediatamente se tornou amigo íntimo, e é aí que as duas histórias, a do famoso aviador e a do famoso joalheiro, se sobrepõem e se cruzam para produzir um resultado completamente inesperado: invenção do relógio de pulso.

Em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont, a bordo de sua aeronave Nº 6, tentou obter o Prêmio Deutsch de la Merthe, que oferecia uma enorme recompensa para a época: 100.000 francos. O desafio era decolar do Parc Saint Cloud, seguir para a Torre Eiffel e retornar em menos de 30 minutos. O desafio era difícil, porque, embora o vento pudesse ajudar o dirigível, Dumont sabia que em um dos dois trechos (na ida ou na volta) ele encontraria o vento na frente e a distância era considerável para o curto intervalo de tempo.

Então, ele se aproximou do seu dirigível e tentou realizar o objetivo. Ele chegou à Torre Eiffel e voltou, e, quando desembarcou, os juízes disseram que o veredicto oficial seria entregue naquela mesma noite, em um jantar a ser realizado no restaurante exclusivo de Maxim’s.

O brasileiro entrou no salão luxuoso, e o que não seria sua surpresa ao ver-se aplaudido e aclamado pelo creme de la crème parisiense – entre os quais, é claro, Louis Cartier: ele tinha vencido o prêmio.

O joalheiro o convidou para sua mesa, que Dumont chegou sem ainda ter-se recuperado de espanto.

“Por que você está tão surpreso, Alberto?” Perguntou Cartier.

“Bem … porque eu não sabia se tinha vencido.”

“Não sabia?” Perguntou o francês, incrédulo.”Como isso é possível?”

“Porque eu não sabia se tinha feito isso em menos de trinta minutos.”

“Você não usou relógio?”

“Sim”, disse o aviador, puxando um relógio de bolso fino, “mas, não pude dar uma olhada durante toda a viagem porque o manuseio da aeronave não permite que você tire as mãos dos controles por um instante sequer.”

A resposta deixou a todos uma incógnita. Todos, exceto Louis Cartier.

“Não se preocupe. Vou resolver o problema para o seu próximo voo.”

Dito e feito: Cartier logo ele apareceu diante de Dumont para lhe dar um pequeno relógio de ouro quadrado e achatado, preso ao pulso por uma elegante pulseira de couro e uma fivela.

(trecho traduzido do Zapping)

Mas, o que mais me encanta lembrar desse intrépido Pai da Aviação é que ele também é considerado o propulsor da moda do relógio de pulso – esse que agora compramos em qualquer esquina da vida!

E sabe que a primeira pulseira criada não foi de ouro ou qualquer outro metal? Cartier desenhou o relógio de Dumont com um modelo feminino e pulseira de couro!

Quer saber? Quem não aceitaria um genuíno Cartier! E estaria nas nuvens!

Está em espanhol e excelente! 😍


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