Para conhecer e se apaixonar por Belém do Pará

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A belíssima cidade de Belém, capital do Pará, na região norte brasileira, é um lugar rico em história e cultura que merece sua visita! Para quem está de agenda turística marcada, é recomendável não perder a festa do tradicional aniversário da cidade, dia 12 de janeiro.

Sua fundação remonta ao século XVI, quando os portugueses chegaram à região em busca de riquezas. Com o objetivo de se estabelecerem e explorarem as riquezas naturais da Amazônia, os colonizadores fundaram a cidade de Belém em 1616. Portanto, Belém já ultrapassa suas quatro décadas de existência e encantamentos.

E a história de Belém do Pará começa com a fundação do Forte do Presépio, construído pelo governador do Grão-Pará, Francisco Caldeira Castelo Branco. O forte servia como proteção contra os ataques de piratas e de outros invasores.

Não demorou muito para o forte crescer e se tornar um povoado, atraindo moradores em busca de oportunidades e melhor qualidade de vida. O povoado de Belém cresceu rapidamente e se tornou um importante centro comercial da região amazônica.

A cidade era um ponto de partida para as expedições ao interior da Amazônia, onde os colonizadores buscavam ouro, especiarias e outras riquezas. Além disso, o porto de Belém se tornou um importante ponto de escoamento da produção de gêneros alimentícios, como o cacau, a borracha (e seu ciclo de ouro) e a castanha-do-pará, para outras partes do Brasil e do mundo.

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Atualmente chamado de Forte do Castelo., o Forte do Presépio foi a primeira edificação de Belém do Pará, cosntruido para combater os piratas, e é um dos principais pontos turísticos da cidade.
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Visão externa do Forte do Presépio – Forte do Castelo em Belém Pará Vsolymossy (Wikipédia)

Uma cidade cosmopolita com uma imensa riqueza cultural própria

Com a expansão econômica, Belém se tornou uma cidade importante e ganhou status de capital da província do Grão-Pará em 1775. A cidade conheceu o progresso, continuando seu desenvolvimento, recebendo influências de diferentes culturas e se tornando um importante centro cultural e turístico da região Norte do Brasil.

Na atualidade, Belém é uma cidade moderna e cosmopolita, mas ainda preserva seu patrimônio histórico e cultural. O centro histórico, com suas praças, igrejas e casarões coloniais, é um importante ponto turístico da cidade. Além disso, a gastronomia paraense, rica em sabores e influências indígenas, africanas e portuguesas, é uma atração à parte.

Conhecer Belém é, portanto, mergulhar em um mundo de belezas naturais, sabores e tradições únicas.

A Festa dos Paraenses para sua Capital

Todo ano, no dia 12 de janeiro, a cidade de Belém do Pará se transforma em um verdadeiro mar de pessoas ansiosas para comemorar o aniversário da capital paraense. E um dos maiores símbolos dessa celebração é o famoso bolo gigante, que já se tornou uma tradição na região.

Há mais de uma década, uma panificadora é responsável por produzir esse gigantesco bolo, que além de ser uma delícia, é uma verdadeira obra de arte. A cada ano, a equipe da panificadora se dedica a criar um novo sabor para surpreender a população que aguarda ansiosamente por esse momento.

Em 2020, por exemplo, o bolo de aniversário de Belém media 20 metros, uma confecção que contou com cerca de 1560 ovos. Mas em 2016, ano em que Belém comemorou os seus 400 anos, o bolo tinha nada menos que 100 metros e precisou de cerca de 3800 ovos para ser feito, além de muita mão de obra.

Não por menos, homens, mulheres, idosos e crianças fazem fila, logo cedo, para conseguir uma fatia desse doce tão especial. Afinal, é um momento único que reúne as pessoas em torno de um símbolo importante da cidade.

Neste dia, é comum ver famílias inteiras, de mãos dadas, esperando pacientemente para provar esse bolo tão famoso. E não é apenas o sabor que encanta a todos. A decoração do bolo também é um espetáculo à parte. Com cores vibrantes e elementos que representam a cultura paraense, o bolo gigante se transforma em uma verdadeira obra de arte comestível.

Cultura, arquitetura, religiosidade e tradição

É impossível não se encantar com tanta criatividade e dedicação. Tanto assim que a tradição do bolo gigante não se limitou somente à capital Belém. Várias cidades do interior do Pará também adotaram essa prática e fazem seus próprios bolos gigantes para celebrar o aniversário da cidade.

É mais uma forma de manter viva a cultura e a união entre as pessoas. Sem dúvidas, o bolo gigante é um dos pontos altos da comemoração do aniversário da capital paraense. É um momento mágico que reúne sabores, cores e pessoas em torno de um mesmo sentimento: o orgulho de ser paraense e fazer parte dessa tradição tão doce e saborosa.

Mesmo que você não possa chegar a tempo para os “parabéns pra você, Belém do Pará”, não perca a oportunidade de visitar a cidade em qualquer outra data marcante do calendário belenense, como o Círio de Nazaré. A procissão do Círio de Nazaré já é realizada há mais de 200 anos, reunindo mais de 2 milhões de pessoas de todo o Brasil, consagrando-se, assim, a maior procissão cristã do país,

Belém abriga importantes e históricas fortificações, numa mescla de influências brasileiras e europeias, que se refletem na arquitetura de igreja, parques, museus, monumentos históricos e culturais. São exemplos disso o Theatro da Paz, Museu Emílio Goeldi, Bosque Rodrigues Alves (construído em 1883, no ciclo de ouro da borracha latex), o Parque Mangal das Garças e o Mercado Ver-o-Peso.

Calypso e o tecnobrega: alguns dos contagiantes ritmos belenenses

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Pabllo Vittar aderiu ao tecnobrega – Ama sofre chora (capa do single — Foto: Divulgação).
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Dançando Brega-Melodym em Belém do Pará Brasil. Autoria: Elias Lopes.
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O ritmo belenense ganhou reforço com a Banda Uó que ajudou sua popularizar o gênero.

Estar em Belém é deixar-se contagiar pelos frenéticos ritmos tradicionais da cultura musical da região, fortemente marcada pela influência indígena e africana. Estamos falando no brega pop, mais conhecido como calypso, do tecnobrega e do carimbó, dentre outros.

O calypso é o da mistura de elementos dos gêneros regionais do Pará, como a lambada e o carimbó, com a música internacional dos países do Caribe, como o calipso, o ska e o reggae.

Foi criado por músicos do estado do Pará na cidade de Belém, que decidiram unir o tradicional brega regional a outros ritmos da música caribenha como o calipso, a parti daí o nome dessa fusão passou a também a se chamar calypso.

Por sua vez, o tecnobrega (ritmo verdadeira plataforma de lançamento de DJs made in Brasil) é tradicionalmente dançado em pares, sendo uma dança malandra e sensual onde o ponto forte do seu repertório coreográfico é o gingado e a malemolência. Daí seu segundo e terceiro nome: tecnomelody e melody.

Presente no cenário da músiica e dança brasileiras desde o século XIX, o tecnobrega traz, em sua raiz, ritmos das periferias e das comunidades afrobrasileiras, a exemplo do lundu e o maxixe. Esses ritmos ajudaram no processo de rompimento da rigidez e aspecto solene elitizado da música da música erudita europeia que se impunha no País.

Carimbo de Fafá e Pinduca: o ritmo de todos os ritmos paraenses

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A paraense levou para o cenário nacional e internacional os ritimos de sua terra, dentre eles, lambada, brega, guarânia e carimbó

Já o carimbó, inicialmente tratado como manifestação folclórica, chegou a ser até proíbido, por lei, em sua própria terra, devido à sua origem indígena e negra.

Após o tempo de proibição governamental, o mais paraense de todos ritmos ressurgiu como um autêntico ritmo musical “amazônida parauara” (chamado também por “samba de roda do Marajó” e “baião típico de Marajó”) e como uma das principais fontes rítmicas de outros ritmos gêneros contemporâneos, como o tecnobrega.

Artistas de grande expressão cultural, como Fafá de Belém (dançando descalça nos grandes palcos da mídia nacional) e Pinduca – o rei do carimbó estilizado – contribuiram fortemente para nacionalizar o carimbo para todo o Brasil e estrangeiro.

O dia 26 de agosto é consagrado como o Dia Municipal do Carimbó, oficializado em 2004 e em 2014, o carimbó foi reconhecido como patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Culinária e Artesanato: tesouros de uma cidade que miscigenou influências culturais

Vale a pena, em qualquer época do ano, explorar as belezas da cidade e mergulhar na cultura do artesanato marajoara e da deliciosa culinária paraense. Além de suas festividades, Belém também é conhecida por sua riqueza cultural e gastronômica, que encanta turistas do mundo inteiro.

Ao caminhar pelas ruas da cidade, é possível encontrar inúmeros artesãos exibindo suas habilidades e produzindo peças únicas e coloridas, que representam a cultura e tradição do povo marajoara. É uma oportunidade única de conhecer de perto a técnica de produção de cerâmica, cestaria, tecelagem, entre outras atividades artesanais que são passadas de geração em geração.

Além disso, a culinária paraense é um verdadeiro tesouro gastronômico. Com influências indígenas, africanas e portuguesas, a região é famosa por seus pratos típicos que despertam os sentidos e deixam qualquer um com água na boca.

O açaí, fruta típica da região, é amplamente consumido pelos locais e turistas, mesmo em outros países, como a Argentina. A fruta é forma de suco, creme ou acompanhando diversos pratos doces e salgados. É fato que o açaí em forma de creme e sorvete virou mania nacional.

Mas não para por aí, o pato no tucupi, o tacacá, a maniçoba, o tucunaré cozido, o cupuaçu, a castanha-do-pará e o bacuri são apenas alguns dos sabores marcantes que você poderá experimentar durante sua estadia em Belém.

Cada prato é uma experiência sensorial única, com combinações de ingredientes e temperos que dão um toque especial à culinária local. Além disso, a cidade também conta com uma variedade de restaurantes, bares e mercados que oferecem uma extensa lista de opções gastronômicas, desde os pratos tradicionais até as mais modernas criações culinárias.

É um verdadeiro paraíso para os amantes da comida, onde é possível encontrar sabores únicos em cada esquina. Portanto, não importa se é dia de festa ou não, Belém é uma cidade que oferece muito mais do que apenas suas festividades famosas.


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