Dia da Esperança – A Lenda dos Mil Tsurus!

Ter esperança é uma tomada de atitude para qualquer momento da vida e, obviamente, o início de novos ciclos, o surgimento de novas oportunidades são sempre ocasiões que pedem renovação de nossas expectativas de vida melhor.

Logo, destina-se para este dia 31 de dezembro – o último dia do ano (no calendário romano) e véspera do que se inicia – ser o Dia da Esperança!

Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos para eventos e diversas circunstâncias da vida. Mas, a esperança, o esperançar, não é um sinônimo de resignação.

O filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella defende que uma das coisas mais importantes na vida é justamente a esperança, do verbo esperançar, e não do esperar. Esperançar, que é de onde vem a palavra esperança, é ir atrás, não desistir”, explica, em um dos seus muitos vídeos, que você pode assistir no Youtube. Aproveite a assista também nosso vídeo sobre O Dia da Esperança.

A esperança requer uma certa (muita!) perseverança.

Consequentemente, requer alguma ação por parte de quem espera. A ação de acreditar realmente que algo seja possível de realizar, ainda que possa parecer todo o contrário. Para muitos, esperança é fé no sentido religioso; para outros, é a força da vontade que move a mente humana.

Quem tem esperança – do verbo esperançar – compreende a dificuldade que é mudar, mas também entende que, em certos momentos, precisa alterar o que deve ser alterado.

Quem acredita na força da sua mente, costuma produzir seus próprios milagres cotidianos.

Vivemos um contexto em que recebemos as notícias do mundo todo em tempo atual. Esse bombardeio pode levar-nos ao desespero, se não mantermos uma conexão existencial com a vida cotidiana e as relações imediatas.

É necessário expandir nossa consciência para perceber as coisas positivas que estão acontecendo ao nosso redor. Do contrário, perderemos a esperança e também ficaremos desanimados e desmotivados.

Manter a esperança, mais que uma disposição de humor, torna-se um exercício diário, um cultivo na alma.

Pense que os pensamentos que estamos alimentando em nossa mente estão gerando uma emoção positiva em nós mesmos. Devemos procurar gerar coisas positivas, e a esperança é uma delas.

Então, que nossas esperanças estão agora depositadas no sincero desejo de que tenhamos um novo ano construtivo, solidário e guiado pelo amor e pela verdade.

Conheça a história de Sadako e a Lenda dos Mil Tsurus

E, quando alguém estiver com a esperança fraquejada, abalada por tantos adventos negativos em sua vida, ajude-a a renovar sua energia, fazendo-a conhecer a Lenda dos Mil Tsurus.

Aproveite para criar, juntos com ela, muitos origamis da ave sagrada do Japão, reciclando pedaços de papel que tenham por perto e distribuam entre as pessoas ao seu redor!

Sadako Sasaki tinha apenas 2 anos quando a bomba atômica foi lançada sobre Hiroshima, no Japão, em agosto de 1945. Ela não se feriu no momento da explosão, chegando a levar uma vida normal, inclusive praticando atletismo, até começarem a surgir as consequências físicas.

Em 1955, após participar de uma prova de corrida, sentiu cansaço e tonturas. O mal estar não passou nos dias seguintes. Levada ao hospital, foi diagnosticada com a “doença da bomba atômica”, a leucemia. Ela tinha apenas 12 anos.

Chizuko, a melhor amiga da garota, foi visitá-la, levando papéis de origami, e contou para Sadako a Lenda dos Mil Tsurus. Chizuko explicou que o tsuru era uma ave sagrada, que vivia mil anos e que, se uma pessoa dobrasse mil aves de papel, teria um desejo concedido.

Sadako cultivou a esperança de que os deuses lhe concederiam a cura e então passou a fazer os origamis com ajuda de sua família e amigos que iam visitá-la no hospital.

A menina morreu em 25 de outubro de 1955, antes de completar os mil tsuru. Outras versões de sua história narram que ela teria conseguido completar a coleção de origamis.

O mais importante, entretanto, é que Sadako nunca desistiu e continuou a dobrar enquanto pôde os papeizinhos em formato de tsuru.

Inspirados na sua coragem e força, seus amigos montaram e publicaram um livro com as cartas escritas por ela. Dessa maneira, eles começaram o sonho de construir um monumento para Sadako e para todas as crianças que morreram em consequência da bomba atômica. Solidários com a causa, muitos jovens japoneses passaram a arrecadar dinheiro para o projeto.

Em 1958, a estátua de Sadako segurando um tsuru dourado foi construída no Parque da Paz em Hiroshima. Crianças envolvidas na campanha fizeram um desejo que ficou escrito para sempre na estátua: “Esse é o nosso grito. Essa é a nossa reza. Paz no mundo!”

Saúde e Paz para o Mundo!

🌎E, em algum passeio pelo Japão, não deixe de visitar o Memorial de Sadako Sasaki!🕊️

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