Os Mecanismos de Defesa da mente investigados por Ana e Sigmund Freud

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Embora cada pessoa tenha sua própria maneira de lidar com conflitos internos e ameaças psicológicas, os mecanismos de defesa da mente são comuns a todas as pessoas.


Quando ficamos frustrados, temerosos de algum fato ou reação (nossas e/ou do outro), ou ainda quando nossa mente percebe algo como muito prejudicial, há um desequilíbrio na psique e os mecanismos de defesa são responsáveis por regular.

Eles são respostas psicológicas inconscientes que protegem as pessoas de sentimentos de ansiedade, ameaças e temores sobre fatos e acontecimentos dos quais elas não querem pensar ou lidar. Os mecanismos de defesa ideais promovem o bem-estar da pessoa ao atingir um equilíbrio entre seus desejos, moral e possíveis medos.

Tais mecanismos são parte integrante do funcionamento psíquico de cada indivíduo e só são considerados patológicos quando abusados ​​ou muito rígidos.

Os mecanismos de defesa não são bons nem ruins, eles são simplesmente ativados pelo que a mente pode perceber como uma ameaça potencial. Eles podem funcionar de modo positivo ou negativamente, dependendo do grau de saúde mental de cada indivíduo.

Defesas da Mente: Estratégias do Ego

O conceito foi criado pelo médico neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), o Pai da Psicanálise, e aprofundado por sua filha e discípula, a psicanalista Anna Freud (1895-1982).

Em outras palavras, os mecanismos de defesa são as estratégias do ego, de forma não consciente, para proteger a personalidade contra o que ela considera ameaça.

Freud (1926) propôs diversos mecanismos de defesa, como a regressão, o recalcamento, a formação reativa, o isolamento, a introjecção, a projeção e a anulação, sendo que mais tarde Anna Freud (1936) introduziu outros mecanismos de defesa, como a sublimação, o deslocamento, a negação e a identificação com o agressor (Mullen, Blanco, Vaughan, Vaughan, & Roose 1999).

Os Mecanismos de defesa da mente investigados por Ana e Sigmund Freud são subterfúgios criados pelo ego, diante de determinadas situações, com o objetivo de proteger a pessoa de prováveis dores, angústias, conflitos, sofrimentos e decepções.

De acordo com Freud, os mecanismos de defesa como operações mentais ou métodos utilizados pelo Ego para se proteger contra a ansiedade (Hovanesian, Isakov, & Cervellione, 2009).

Para ajudar a você a conhecer um pouco mais sobre a mente e os mecanismos de defesa, criamos esta série de vídeos curtos, já disponíveis em nosso canal no Youtube.

Vamos, então, saber um pouco mais sobre cada um dos Mecanismos de defesa da mente investigados por Ana e Sigmund Freud:

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Anulação

É o esforço inconsciente para compensar ou anular alguma emoção dolorosa, como culpa ou vergonha, ou desejo inaceitável, com um comportamento que a apagará “magicamente”.

Tentativa de encobrir um comportamento negativo (pensamentos, palavras, gestos, atos passados) com ações positivas opostas (por exemplo, gritar com um colega de trabalho e, em seguida, enchê-lo de elogios durante o resto do dia).

Deslocamento

É quando a pessoa descarrega frustrações, sentimentos e impulsos em outra pessoas ou objetos que sejam menos ameaçadores do que aquele/aquilo que originalmente causou o fato.

Em vez de expressar o que está sentindo, a pessoa evita as consequências negativas do confronto, descarregando seu sentimento, suas emoções e impulsos em outras pessoas ou objeto que não representam ameaça para ela (como seu cônjuge, filhos, colegas, objetos, desconhecidos, pessoas vulneráveis ou animais de estimação).

Formação Reativa

Ocorre quando a pessoa sente desejo de dizer ou fazer alguma coisa, mas faz o oposto. Assim, surge como defesa à reações temidas e a pessoa procura cobrir algo inaceitável adotando uma posição oposta.

Um exemplo de formação de reação seria tratar alguém de quem você não gosta de uma maneira excessivamente amigável para esconder seus verdadeiros sentimentos.

A formação de reação significa expressar o contrário de seus sentimentos em seu comportamento exterior.

Intelectualização

A intelectualização é uma forma de neutralizar sentimentos de ansiedade, raiva, dor, insegurança, ou qualquer outra emoção negativa impactante, reconhecendo-se intelectualmente sua existência, mas focando apenas no componente intelectual, evita-se as consequências emocionais.

Esse mecanismo reduz a ansiedade ao pensar nos eventos de maneira fria e clínica. Por exemplo, uma pessoa diagnosticada com uma doença grave pode se concentrar em aprender tudo sobre a doença para evitar angústia e seus sentimentos.

Introjeção

É o ato de incorporar as qualidades ou virtudes de outros, assumindo-as como próprias, de maneira que as falhas ou carências pessoais sejam minimizadas.

Em suas formas mais problemáticas, pode resultar na identificação com o agressor, mecanismo pelo qual alguém tentará superar sua dor sendo como seu agressor (Síndrome de Estocolmo). Em suas formas mais benignas, é a base de toda identificação com figuras importantes na vida  de uma pessoa.

Isolamento do Afeto

É a separação de emoções e sentimentos de eventos dolorosos, de forma que suas emoções não acompanham o discurso (as palavras), evitando envolvimento emocional.

Uma pessoa pode tomar consciência de um fato, mas seu significado emocional é isolado do pensamento para não causar perturbação psíquica.

Essa “anestesia psíquica” pode ser útil em profissões onde é necessário manter o  controle emocional e a cabeça fria, como cirurgia, jornalismo ou militar, dentre outros.

Negação

É a recusa em reconhecer algo que ocorreu ou está ocorrendo, para evitar o impacto emocional de algum acontecimento traumático, perturbador ou ameaçador do equilíbrio psíquico.

É usada em situações em que a pessoa se sente incapaz de encarar a realidade ou admitir uma verdade ou uma evidência,

A negação pode envolver uma rejeição total ou parcial de um fato ou realidade. Uma pessoa pode, por exemplo, admitir que algo é(ou foi) verdadeiro, mas minimizar sua importância ou gravidade.

Projeção

Atribuir os próprios pensamentos, emoções, defeitos ou deficiências a outra pessoa ou objeto, anulando a culpa e escapando da  rejeição social.

É o processo pelo qual o que está dentro é interpretado como vindo de fora e tende a produzir sérias distorções na percepção que uma pessoa tem do outro.

Uma pessoa que tem uma forte antipatia por alguém, pode acreditar que essa pessoa não gosta dela. Em uma forma mais madura, é a base da empatia.

Racionalização

É o ato de desculpar-se por meio de argumentos lógicos que permitem justificar e, assim, ocultar deficiências reais.

Erros, atitudes ou desejos absurdos são justificados pela racionalização.

Uma pessoa usa racionalização para escorar suas inseguranças, vergonha, mau comportamento ou remorso por fazer algo que ela se arrepende, encontrando razões do que  justifiquem um ato que seria vivenciado como conflituoso.

Regressão

É o retorno, inconsciente, a um modo de funcionamento mais antigo (comportamentos imaturos e infantis) para evitar o estresse, a angústia ou algum conflito.

Diante de situações que causam ansiedade, a pessoa evita o enfrentamento e volta aos padrões de comportamento usados ​​no início do seu desenvolvimento.

Chorar ou roer unhas em situação de medo,  arrumação ou bagunça excessiva, comer ou fumar excessivamente, ou se tornar muito agressiva verbalmente, são exemplos de regressão.

Repressão/Recalque

É o ato de esquecer ou desconsiderar algo voluntariamente, experiências dolorosas, pensamentos perturbadores ou traumas não superados são bloqueados no inconsciente, impedidos de vir à consciência, e gerar ansiedade.

Essas memórias, no entanto, não desaparecem completamente e continuam influenciando nosso comportamento.

Por exemplo, uma pessoa que reprimiu memórias de abuso sofrido quando criança pode, mais tarde, ter dificuldade em formar relacionamentos.

Sublimação

É a satisfação de pensamentos e desejos inaceitáveis por meio de atividades socialmente aceitas ou menos desagradáveis para minimizar consequências adversas.

A sublimação consiste em encontrar uma satisfação derivada e adaptativa daqueles impulsos que não podem ser expressos diretamente por proibições sociais.

Um artista sublimaria seu exibicionismo, um cirurgião poderia estar sublimando sua agressividade etc.

Então, você já consegue identificar qual/is Mecanismo(s) de Defesa que sua mente usa com mais frequência e quando isto ocorre?

Saber quais são os mecanismos de defesa que que você está usando com frequência pode ser a chave para seu autoconhecimento e também mostrar possíveis caminhos para superação de problemas/conflitos que estejam pedindo atenção.

📌Lembre-se sempre que dicas, sugestões e recomendações não substituem a orientação de buscar um/a profissional de saúde e bem-estar apto/a a realizar acompanhamento e tratamento específico à sua necessidade.

Para saber mais sobre os mecanismos de defesa da mente investigados por Ana e Sigmund Freud, visite nosso Canal no Youtube e assista a Série Qual é o seu Mecanismo de Defesa?


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(1) Comentário

  1. […] peça. Às vezes, quando o conflito é demais para uma pessoa, seu ego pode se engajar em um ou vários mecanismos de defesa para proteger o […]

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