Mercosul, o perigo está chegando

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O ex-presidente, José Sarney, como ocupante de uma cadeira no Senado, em 1997, lançou mão de alguma bola de cristal de excelente precisão para desenhar um turbulento futuro – tão presente agora! – do Mercosul. Já naquela época, mais de 20 anos passados, o político maranhense alertava que “forças ocultas” trabalhavam pelo desmonte do perigoso bloco latino-americano.

Na verdade, as forças nunca foram “ocultas” e, desde aquele tempo, atendem pelo nome de Estados Unidos da América, EUA, States, USA, Terra do Tio Sam ou qualquer outro nome que queiram chamar. Ao demônio, também se atribui diversas alcunhas!

Fato é que Trump não está inventando a roda no assunto. É histórica a ânsia imperiosa dos Estados Unidos em suplantar o Mercosul, que tanto faz tremer suas bases comerciais nefastas.

Documentado no Senado, um artigo de Sarney, intitulado “Mercosul, o perigo está chegando“, desenha claramente o perigo que a força Mercosul representa para os EUA:

“O perigo que espreita o Mercosul, ( seu grande sucesso — pois é a coisa mais importante que fizemos depois das nossas independências — é a divisão e a volta às rivalidades que levamos séculos para superar. O perigo para a Argentina e para o Brasil são eles, inconformados com uma área econômica ( política com força própria, capaz de afirmar-se e competir com o Nafta, com a União Europeia, com os tigres asiáticos).”

O artigo do ex-presidente José Sarney não deixa dúvidas dos reais objetivos dos Estados Unidos em relação à parte sul da América – que eles acham ser donos. Em suas palavras:

“Os Estados Unidos da América nunca viram com bons olhos este movimento do Cone Sul para criar um espaço econômico autônomo, reduzindo sua influência aqui e buscando mecanismo de não-dependência. Assisti ao nascimento do Mercosul, fui um dos protagonistas dessa estratégia e fiquei muitas vezes surpreso com essas reações. Elas diminuíram na certeza de que o projeto não ia dar certo. À proporção que vai se consolidando, as reações começam a voltar mais sérias, mais visíveis e mais energéticas.”

Vai chegar o dia em que os brasileiros entenderão que não foi por ideologia, fé, lado esquerdo ou direito, ou isso, ou aquilo, que Tio Sam botou um baita “Cavalo de Troia” aqui dentro. Não leve para o lado pessoal. O negócio dos Estados Unidos já não é nem o poder em si, mas a sua sobrevivência. Ou EUA pisava na garganta do Brasil ou por seria engolido no que lhes é a essência: cash. Vai chegar, sim, este dia, tenho esperança. Nem que seja no instante do derradeiro suspiro de um gigante sob botas country by USA.

Para que não se engane você também – como mais da metade dos brasileiros vêm fazendo, sentindo-se “prestigiados por Tio Sam”, deixamos aqui, abaixo, a íntegra do Artigo, arquivado no Senado Federal e um majestoso último paragrafo do próprio (pedimos atenção especial para as palavras usadas no referido parágrafo, considerando-se que o redator que manejava caneta e bola de cristal vivenciava ainda o ano 1997 d.C e não sabia do anticristo:

“Até lá, vamos estar preparados para o nosso Pearl Harbour. O ataque está sendo preparado. Vamos estar alertas. Lembremos, mais uma vez, o nosso Camões: “Nunca louvarei o capitão que diga: ‘Não cuidei’.” O jogo está começando e não será uma pelada”.

Ululante, não?

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