10 Clássicos da Literatura Inspirados em Sonhos e Pesadelos!

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Olá, queridos amigos e amigas da rádio online FrequênciaZen!

Juntamente com a turma do Podcast “O Que Nos Afeta!” e do nosso canal Goeie Life no YouTube, criamos a série “Dream Art“, para mergulhar nas melhores criações artísticas (música, literatura, cinema e televisão, videogames e tecnologia), além de desenvolvimento de ideias inovadoras!

Quando os sonhos são considerados a inspiração para diversos trabalhos criativos e descobertas científicas, chamamos de Dream Art!

São inúmeros os exemplos de pessoas que transformaram seus sonhos em criativas produções artísticas e mesmo científicas, desenvolvendo ideias inovadoras por meio de seus sonhos ou insights trazidos por eles, a exemplo dos escritores como Mary Shelley (Frankenstein), Hergé (Tintin no Tibete), Robert Louis Stevenson (O Médico e o Monstro), Stephenie Meyer (Crepúsculo) e Stephen King (Misery), dentre tantos outros!

Neste vídeo da série “Dream Art“, vamos descobrir dez clássicos da literatura mundial que resultaram de sonhos, pesadelos e devaneios de seus autores!

Confira a seguir nossa seleção de 10 Livros marcantes inspirados em sonhos de seus criadores e criadoras!

Mary Shelley e seu sonho com seu “Frankenstein”

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“Quando coloquei minha cabeça no travesseiro, não dormi, nem poderia dizer que pensei… Eu vi — com os olhos fechados, mas com visão mental aguda — vi o pálido estudante de artes profanas ajoelhado ao lado da coisa que ele havia montado. Vi o fantasma hediondo de um homem esticado e, então, com o funcionamento de algum motor poderoso, mostrar sinais de vida e se mexer com um movimento desconfortável e meio vital. Deve ser assustador; pois supremamente assustador seria o efeito de qualquer esforço humano para zombar do estupendo criador do mundo.
(…)
Rápida como a luz e tão animadora foi a ideia que me ocorreu. ‘Eu encontrei! O que me aterrorizou aterrorizará os outros; e preciso apenas descrever o espectro que me assombrava meu travesseiro da meia-noite.’ No dia seguinte, anunciei que tinha pensado em uma história. Comecei aquele dia com as palavras, ‘Foi em uma noite sombria de novembro’, fazendo apenas uma transcrição dos terrores sombrios do meu sonho acordado.”

(Mary Shelley, autora de Frankenstein)

Pesadelo de Hergé com esqueleto branco levou Tintim ao Tibete

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O artista de quadrinhos belga Hergé era atormentado por pesadelos nos quais era perseguido por um esqueleto branco, e todo o ambiente ficava branco.

Um psiquiatra o aconselhou a parar de fazer quadrinhos e descansar. Mas, Hergé sentiu que isso seria uma aceitação do fracasso.

Ele acabou se separando da sua esposa para casar com sua amante e parceira de trabalho e continua a trabalhar em Tintim no Tibete confiando que completar o livro iria exorcizar os demônios que ele sentia que o possuíam ele desenhou uma história inteira ambientada em cenário branco com destaque para os tocos nevados das montanhas do Tibete.

Tintim no Tibete (1960) não apenas interrompeu seus pesadelos e funcionou como uma experiência terapêutica, mas a obra também é considerada uma das principais obras-primas do quadrinista belga.

Stephen King e o sonho que inspirou Misery

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Personagem central do romance Misery – Louca obsessão, do romancista Stephen King, Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain.

No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho.

A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número 01 do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico.

Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças. Ferido e debilitado, Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo.

“Na verdade, aconteceu quando eu estava em Concord, voando para cá, para Brown’s. Adormeci no avião e sonhei com uma mulher que mantinha um escritor prisioneiro e o matava, o esfolava, alimentava seu porco com os restos mortais e envolvia seu romance em pele humana. Sua pele, a pele do escritor. Eu disse a mim mesmo: ‘Tenho que escrever esta história.’ Claro, o enredo mudou bastante na narrativa. Mas escrevi as primeiras quarenta ou cinquenta páginas bem no patamar aqui, entre o térreo e o primeiro andar do hotel.”(Steve King sobre o sonho que inspirou Misery)

Veja mais artigos e vídeos da Série Dream Art

A Jornada Milagrosa do coelho Edward Tulane foi um sonho

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Edward Tulane era um coelho de brinquedo e pertencia a uma menina chamada Abilene, que o tratava com maior cuidado e o adorava.

Um dia, o coelho se perdeu e foi obrigado a viajar das profundezas do oceano até a rede de um pescador, do topo de um monte de lixo até a fogueira de um acampamento de mendigos, da cama de uma criança doente até as ruas de Mênfis.

O coelho era orgulhoso e de coração frio, amava apenas a si mesmo. Nessa aventura extraordinária, adquirindo novos donos e ouvindo suas esperanças, sonhos e histórias, Eduard Tulane também sofreu perdas e reaprendeu a amar.

As sementes para a trama de The Miraculous Journey of Edward Tulane (2006) chegaram à escritora Kate DiCamillo em um sonho:

“Um Natal, recebi um coelho de brinquedo elegantemente vestido como presente. Poucos dias depois, sonhei que o coelho estava de bruços, no fundo do oceano – perdido e esperando para ser encontrado.” (Kate DiCamillo)

Kubla Khan: ou Uma Visão em um Sonho

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O poema foi composto uma noite depois que seu autor, Samuel Taylor Coleridge, teve um sonho influenciado pelo ópio, após ler uma obra descrevendo Xanadu, a capital de verão da dinastia Yuan da China liderada pelos mongóis, fundada por Kublai Khan (Imperador Shizu de Yuan).

Ao acordar, Coleridge começou a escrever versos de poesia que lhe vieram do sonho, até ser interrompido por “uma pessoa a negócios de Porlock”.

O poema não pôde ser concluído de acordo com seu plano original de 200 a 300 versos, pois a interrupção o fez esquecer os versos.

Coleridge descreveu as circunstâncias de seu sonho e do poema tanto na cópia manuscrita escrita algum tempo antes de 1816, como no prefácio da versão impressa do poema publicada (a pedido de Lord Byron, em 1816).


O manuscrito afirma:
“Este fragmento com muito mais, não recuperável, composto, em uma espécie de devaneio provocado por dois grãos de Ópio tomados para verificar uma disenteria, em uma casa de fazenda entre Porlock e Linton, a um quarto de milha da Igreja de Culbone.”
(Samuel Taylor Coleridge)

Os Kin de Ata estão esperando por você!

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Após assassinar sua amante e bater seu carro enquanto fugia da cena do crime, um homem rico e bem-sucedido é transportado para uma ilha desconhecida chamada Ata e cuja localização nunca é revelada, como se ela não existisse fisicamente no mundo real.

A ilha era habitada por pessoas que ele vai gradualmente entendendo não serem primitivas como pensava. Cada aspecto de suas vidas despertas é governado por sua vida de sonho.

Aos poucos, o homem vai percebendo que as pessoas de Ata apoiam e mantém o mundo real por meio de seus sonhos e que ele precisa incorporar essa visão de mundo para poder retornar com sucesso a sua vida anterior.


The Kin of Ata are Waiting for You (Os Kin de Ata estão Esperando por Você) é um romance da escritora norte-americana Dorothy Bryant. O livro trata da ideia de como a negação dos sonhos como um guia para a vida afeta o mundo real.


O romance foi publicado pela primeira vez como uma novela pela Evan Press em 1971, sob o título The Comforter: A Mystical Fantasy e ganhou seguidores cult como feministas, psicólogos e professores de estudos religiosos.

10 noites de sonhos em uma coletânea de contos japoneses

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10 noites de sonhos (Ten Nights of Dreams) é uma coletânea de contos do escritor japonês Natsume Kin’nosuke (pseudônimo Sōseki ) e foi publicada entre 25 de julho a 5 de agosto de 1908, no Asahi Shimbun – um dos maiores jornais do Japão.

Natsume Sōseki escreveu sobre dez sonhos ambientados em vários períodos de tempo, incluindo seu próprio tempo (o período Meiji ) e até mesmo na “era dos deuses” e o período Kamakura.

Dos dez sonhos da coletânea, quatro começam com a frase “Isto é o que eu vi no meu sonho” (こんな夢を見た Konna yume o mita).

A Busca dos Sonhos do Desconhecido Kadath, de HP Lovecraft

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O romance é a mais longa das histórias que compõe o “ciclo dos sonhos”, do escritor HP Lovecraft e também é a mais longa com o protagonista Randolph Carter.

Randolph é uma figura melancólica, quieta e contemplativa que nunca enfrenta seus inimigos. Ele tem a grande habilidade de entrar nas dreamlands – uma dimensão alternativa acessível por meio de sonhos.

Em seus sonhos, ele vê uma cidade majestosa, mas não consegue se aproximar dela. Após a terceira vez que a cidade aparece em seus sonhos, ele reza aos deuses do sonho para revelar seu paradeiro. Mas então, a cidade desaparece completamente de seus sonhos!

Destemido, Randolph resolve implorar os deuses pessoalmente em Kadath – a montanha acima da qual os deuses do sonho vivem.

A Busca dos Sonhos do Desconhecido Kadath, de HP Lovecraft, combina elementos de horror e fantasia em um conto épico que ilustra o fim e a maravilha da capacidade da humanidade de sonhar!

A história foi publicada postumamente pela Arken House, em 1943.

De sonhos e pesadelos, nasce “O Médico e o Monstro”

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Sobre seu romance O Médico e o Monstro ( Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde), de 1886, e um dos consagrados clássicos da literatura mundial, o escritor escocês Robert Louis Stevenson disse que o livro foi concebido, escrito, reescrito, re-escrito e impresso em 10 semanas, ainda em 1886 e foi concebido em um sonho.

“Por dois dias, fiquei quebrando a cabeça pensando em algum tipo de conspiração; e na segunda noite sonhei com a cena na janela, e depois com uma cena dividida em duas, na qual Hyde, perseguido por algum crime, pegou o pó e passou pela transformação na presença de seus perseguidores.”
(Robert Louis Stevenson)

Stevenson escreveu extensivamente sobre como sua paixão por escrever interagia com seus sonhos notáveis e disse que desde cedo seus sonhos eram vívidos e comoventes que eram mais divertidos para ele pessoalmente do que qualquer literatura.

Ele aprendeu cedo em sua vida que podia sonhar histórias completas e que podia até mesmo voltar aos mesmos sonhos em noites seguintes para dar a eles um final diferente mais tarde ele se treinou para lembrar de seus sonhos e sonhar enredos para os seus livros.

Crepúsculo nasceu de um sonho de Stephanie Meyer

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De acordo com a escritora e produtora Stephanie Meyer, a ideia para Crepúsculo veio a ela em um sonho que teve em 2 de junho de 2003, sobre uma garota humana e um vampiro que estava apaixonado por ela mas tinha sede de seu sangue.

Com base neste sonho, Meyer escreveu o rascunho do que se tornou o capítulo 13º do livro, cuja série ja vendeu mais de 160 milhões de cópias, com traduções para 49 idiomas diferentes.
Sem nenhuma experiência anterior como autora, Meyer concebeu a ideia para Crepúsculo a partir desse sonho.


“Eram duas pessoas em uma espécie de pequeno campo circular com luz solar muito brilhante, e um deles era um garoto lindo e brilhante e a outra era apenas uma garota que era humana e normal, e eles estavam tendo essa conversa. O garoto era um vampiro, o que é tão bizarro que eu estaria sonhando com vampiros, e ele estava tentando explicar a ela o quanto ele se importava com ela e, ao mesmo tempo, o quanto ele queria matá-la.”
(Stephanie Meyer)

E você, já teve algum sonho inspirador como um grande best seller? Conta pra gente aí nos comentários e até o próximo sonho!

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