No final de 2019, grupo formado por políticos, personalidades, religiosos e acadêmicos da Suíça, conhecido como Comitê Suíço de Reparação da Escravatura (SCORES), lançou iniciativa defendendo que o país mergulhe para entender seu papel no tráfico de escravos e que, eventualmente, negocie reparações, algo inédito na história da escravidão no continente americano, informa Jamil Chade.
“A avaliação é de que, ainda que não tenha mar, a Suíça lucrou com a escravidão entre a África e as Américas entre os séculos XVI e XIX. Portanto, em seu manifesto, o grupo insiste que a escravidão nas colônias por parte da Europa ‘exige reconhecimento e reparação imaterial e material'”, conta o jornalista.
“Ainda que a posição oficial do governo seja de que a Suíça jamais foi uma potência colonial e de que não reconhece uma responsabilidade, o historiador Hans Fässler, que lidera o grupo, insiste que empresas, cidades e mercenários foram beneficiados pelo esquema. Segundo ele, soldados de cantões suíços chegaram a ser enviados ao Haiti para ajudar tropas francesas a reprimir a revolta dos escravos”, escreve Chade.
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