Era novembro do ano passado. Na nossa rápida e agradável conversa dentro do voo da Gol, lembro de ter relatado a ele, com entusiasmo, o quanto ele era querido por muitos em Buenos Aires. Aliás, recente, tinha visto El Milagro de Candeal, em companhia de amigos portenhos, que eram pura festa!
Realmente, fiquei muito feliz com a agenda latinoamericana de Brown. Para mim, sempre me surpreendia o fato de que nossos bons nomes da música, dança e cultura em geral não sejam tão frequentes no caminho do Mercosul, mesmo sendo apreciados e consumidos (opa! Tô falando de seus produtos culturais!) em países como o Chile, o Uruguai e a Argentina.
Carlinhos Brown, por exemplo, é um dos nomes brasileiros de importante reconhecimento internacional. Na sua página no Wikipédia, registra-se que, desde os tempos da Timbalada, ele é figura constante em shows e turnês pela Europa. Verdade é que Brown é um dos artistas mais populares e respeitados em boa parte do mundo, com destaque especial na Espanha, França, Itália e Alemanha.
O reconhecimento do trabalho de Carlinhos Brown também pode ser mensurado pela realização do filme-documentário El Milagro de Candeal, do cineasta espanhol Fernando Trueba. O filme, de 2004, retrata a comunidade do Candeal, em Salvador, a partir do olhar do músico cubano Bebo Valdés, em sua primeira visita à Bahia, aos 83 anos, e seu encontro musical com Brown. No mesmo ano, foi lançada a trilha sonora do filme, com 13 músicas compostas ou adaptadas pelo cantor baiano. O filme ganhou o Prêmio Goya 2005, na Espanha, por Melhor Canção Original (“Zambie Mameto”).
E, nos estúdios de Hollywood (USA), Carlinhos fez participação no filme “Velocidade Máxima 2”, pra quem não atentou, fazendo um show para os convidados do cruzeiro no qual passa a trama do filme.
Pela sua trajetória de engajamento com as questões sociais, Carlinhos Brown já recebeu diversos prêmios internacionais, a exemplo do “12 meses, 12 causas”, prêmio promovido pelo Telecinco, mais importante canal de TV espanhol, em 2008.
Agora, o olhar de Carlinhos está voltado para a América Latina. E, com certeza, será entusiasticamente ovacionado por esta nova rota traçada. Que os argentinos e os uruguaios (e os brasileiros de todas as partes que vivem nesses dois países) possam cair no ritmo baiano, com sotaque ou sem sotaque!
Para quem vai agendar, os ingressos estão à venda no http://www.ticketek.com.ar. Ao irmão Brown, muchas gracias pelo autógrafo e muito axé!
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