Como vai sua percepção?

Percepção é um recurso da nossa mente para organizar e interpretar as impressões sensoriais resultantes dos estímulos sensoriais (informações obtidas pelos sentidos como olfato, tato, visão, audição e paladar) atribuindo-lhes significado.

Ou seja, a percepção permite a organização, identificação e interpretação das informações sensoriais recebidas por uma pessoa, em seu processo mental, para representar e compreender tais informações.

Toda percepção envolve sinais que passam pelo sistema nervoso, após terem sidos gerados por estimulação física ou química do sistema sensorial.

A percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação (julgamento) dos dados percebidos.

O estudo da percepção é de extrema importância para áreas de comunicação, psicologia, psicanálise e muitas outras psicoterapias, já que o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si.

Logo, a forma de perceber (receber e interpretar um dado) é diferente para cada pessoa. Um mesmo objeto ou um mesmo acontecimento pode ser percebido de múltiplos maneiras e, as vezes, completamente diferentes.

Um único estímulo pode desencadear percepções variadas

Uma comprovação disso sãos as figuras ambíguas que demonstram que um único estímulo pode resultar em mais de uma percepção. O cubo Necker e o vaso Rubin, por exemplo, podem ser percebidos de mais de uma forma.

O cubo de Necker é uma ilusão de ótica publicada pela primeira vez, em 1832, pelo cristalógrafo suíço, Louis Albert Necker. Trata-se de um desenho simples em arame, bidimensional de um cubo sem pistas visuais quanto à sua orientação, de modo que pode ser interpretado como tendo o quadrado inferior esquerdo ou o quadrado superior direito como seu lado frontal.

O vaso de Rubin (também conhecido como o rosto de Rubin ou o vaso figura-fundo ) é um famoso conjunto de formas bidimensionais ambíguas ou bi-estáveis ​​(ou seja, invertidas) desenvolvidas por volta de 1915, pelo psicólogo dinamarquês Edgar Rubin, que tanto pode ser interpretado como um vaso branco num fundo preto, como pode ser visto como duas faces frente à frente.

O triângulo de Kaniza demonstra o princípio do fechamento. Tendemos a ver um triângulo branco sobreposto à figura, como uma figura completa e fechada, embora ele só seja sugerido por falhas nas demais formas que compõem a figura.

A percepção é seletiva!

Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode não ser percebido por uma pessoa, um grupo etc, principalmente quando ele não tem embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo.

Os primeiros relatos dos colonizadores da América relataram que os índios da América Central não viram a frota naval dos colonizadores que se aproximavam em sua primeira chegada. Como os navios não faziam parte da realidade desses povos, eles simplesmente não eram capazes de percebê-los no horizonte e eles se misturavam à paisagem sem que isso fosse interpretado como uma informação a considerar. Somente quando as frotas estavam mais próximas é que passaram a ser visíveis!

Vamos praticar um pouco sua percepção?

Observe cada uma das imagens e tente descrever o que você percebe elas. Depois, refaça o exercício, com mais atenção e compare. Por último, confira (no card seguinte) as dicas de cada imagem. Você pode se surpreender!